O conceito de sustentabilidade passou a ser utilizado em vários países importantes durante a Crise do Petróleo em 1973, e tem evoluído muito ao longo desses anos. O “Desenvolvimento Sustentável” passou a ser considerado no Relatório Bruntland, da ONU, como as bases para a economia sustentável. O Relatório define Desenvolvimento Sustentável como “aquele que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras geraçãoes em satisfazer suas próprias necessidades”. No princípio a preocupação era com a produção de edifícios com maior eficiência energética, depois passous-se a perseguir a redução de entulhos originados pelas obras, em seguida a racionalização do consumo d'água e a questão do lixo passaram ma ser prioridade. Hoje os estudos voltam-se para as emissões de CO2 e os gases que provocam o aquecimento global e o efeito estufa. O Desenvolvimento Sustentável vem consolidando-se como uma nova filosofia capaz de reintegrar harmonicamente o homem e a sua produção ao meio ambiente, preservando-o e recuperando-o ao longo do tempo. Não poderemos como escoteiros, participando de um movimento dedicado desde a sua gênese ao respeito e defesa do meio ambiente, nos eximir desta nobre missão e ficarmos, por mais tempo, alienados deste novo e irreversível paradigma. Procurem, portanto, informarem-se, a internet traz muita coisa interessante a esse respeito.
O chamamento que a natureza nos faz, demonstrando claramente que já não suporta os abusos e absurdos cometidos pela exploração voraz dos seus recursos, dando exemplos devastadores da sua indignação e a rápida evolução do ciclo de catástrofes ambientais e das dificuldades enormes de encontrar soluções para os problemas ambientais (lembram do recente vazamento do poço de petróleo no mar, nos EUA), faz com que tenhamos pressa para assumir atitudes e a coragem de nos colocar a serviço da sustentabilidade. Evidentemente que a multidisciplinaridade e diversividade desta nova visão, não deve ficar restrita a pequenos grupos de técnicos, simpatizantes e populares conscientes e passa a exigir a participação de todos para que as propostas decorrentes possam ser legitimadas. Até porque, além de meramente representar mais um tema de domínio público, as construções sustentáveis converter-se-ão, no futuro, inexoravelmente, em um conhecimento vivenciado cotidianamente, vale dizer – num processo cultural de repercussão global- a cultura da sustentabilidade.
Em dezembro de 2001 uma enchente fortíssima do Rio Vermelho destruiu toda a zona central da cidade de Goiás Velho, danificando total ou parcialmente 184 imóveis, tres pontes e até o monumento erigido em homenagem ao fundador, o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva- o Anhanguera. A nascente do Rio Vermelho está completamente adulterada hoje em dia, pelo desmatamento, erosões e assoreamentos e não só pela antiga causa, a mineração. Cerca de 80% das matas ciliares do Rio Vermelho foram retiradas indiscriminadamente por fazendeiros, para a formação de pastos, conforme informação da Agência Ambiental de Goiás. Anhanguera, o Diabo Velho, para os indígenas era um homem branco capaz do prodígio de transformar água em fogo. Utilizava aguardente para o truque e ludibriar os índios, ameaçando incendiar todo o rio e assim extinguir a fonte da vida no lugar. A coisa apenas mudou um pouco de forma nos dias atuais.
Agora que voces irão acampar em Goiás Velho e ter contato com uma vida mais serena e equilibrada, não deixem de pensar como escoteiros que são, e perceber os contrastes e as diferenças entre um meio de vida mais tranquilo, mais puro e mais simples, mais longevo e lúcido como Cora, e, portanto, mais próximo da perfeição.
Marão, SAPSMP!
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